Passos propõe "refundação do programa de ajustamento"

O primeiro-ministro afirmou este sábado que a reforma do Estado corresponde a "uma espécie de refundação do programa de ajustamento" em curso e vai ser feita até 2014. E desafiou o PS a participar neste processo.
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Pedro Passos Coelho, que intervinha perante os grupos parlamentares do PSD e do CDS, explicou que "não foi possível" manter o calendário implícito de fazer a reforma "fora do memorando" com a troika face aos resultados obtidos no último ano e meio.

"Não é uma renegociação", frisou Passos Coelho, referindo que a proposta de Orçamento de Estado para 2013 "assenta também numa importante redução da despesa pública".

"No que diz respeito à redução da despesa pública entramos agora numa segunda fase, uma fase onde está sobretudo em causa reorganizar as estruturas e funções do Estado. A reforma do Estado será uma transformação para melhor e não uma compressão ou redução daquilo que existia até agora", sublinhou o chefe do Governo e líder do PSD.

Passos Coelho insistiu não haver alternativas às escolhas do Governo, capazes de ser financiadas, e apontou as duas apontadas pelos críticos e impraticáveis para a coligação: deixar o euro e optar pela moeda própria; negociação de um segundo resgate.

"São sempre piores negociadores aqueles que começam por mostrar a sua incapacidade de cumprir objetivos e obter resultados", avisou Passos Coelho, adiantando: "Outras alternativas [às opções do Governo] não existe, ou se existem são alternativas teóricas e não alternativas políticas sobre que importe decidir."

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